sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

O avião fantasma da Segunda Guerra

A Segunda Guerra Mundial foi palco de algumas das mais incríveis batalhas aéreas da história. Visões de OVNIs e objetos estranhos ainda são discutidas, mas ninguém discorda que o incidente do “Bombardeiro Fantasma” B-17 foi algo impressionante.

Quando os investigadores conseguiram finalmente entrar nesse misterioso bombardeiro que pousou sozinho, surgiram mais perguntas do que respostas. Eles não estavam preparados para o que encontrariam ali — você já viu alguma coisa do tipo?

Em 23 de novembro de 1944, algo aconteceu numa base aliada em Kortenberg, na Bélgica, que ainda não foi completamente explicado. Naquele dia, um bombardeio americano B-17 estava se aproximando de três pontos de defesa antiaérea dos Aliados, e parecia que o avião cairia bem em cima deles.

Os soldados no chão perceberam que o trem de pouso do bombardeiro estava abaixado, e devido à maneira pela qual ele estava voando, eles admitiram que o avião havia sido danificado ou alguém da tripulação estava machucado.

Ele estava descendo rápido, e o bombardeiro de 15 toneladas estava caindo do céu bem na direção deles — eles se agacharam e se prepararam para o impacto.

O bombardeiro passou muito perto da defesa antiaérea e atingiu o chão como uma rocha. A força extrema do impacto fez com que o gigantesco bombardeiro virasse de um jeito estranho e batesse as asas no chão. Pedaços de hélice foram arremessados para todo lado.

O bombardeiro finalmente parou a cerca de 30 metros da defesa antiaérea. Os motores continuaram funcionando enquanto as testemunhas seguravam a respiração.

Eles esperaram, esperaram e esperaram um pouco mais, mas ninguém saiu da “Fortaleza Voadora”. Os soldados no chão começaram a se perguntar, “onde raios está a tripulação?”.

Os homens no chão certamente não sabiam o que pensar e definitivamente não sabiam como ajudar. Não veio nenhum pedido de socorro do avião, e os homens posicionados na defesa antiaérea estavam preocupados desde o início. Cinco minutos se passaram e ninguém saiu do avião. Passaram-se mais 10, 15 minutos, e nenhum sinal de vida.

Afinal de contas, era a “Segunda Guerra Mundial”, e táticas de aproximação furtiva eram utilizadas por ambos os lados. O avião permaneceu estranhamente quieto.

A ansiedade começou a aumentar enquanto os motores continuavam funcionando. Após 20 minutos, finalmente, um major britânico chamado John V. Crisp decidiu investigar, mas até mesmo Crisp estava nervoso e iniciou as buscas com extremo cuidado.

Os homens no chão certamente não sabiam o que pensar e definitivamente não sabiam como ajudar. Não veio nenhum pedido de socorro do avião, e os homens posicionados na defesa antiaérea estavam preocupados desde o início.

Cinco minutos se passaram e ninguém saiu do avião. Passaram-se mais 10, 15 minutos, e nenhum sinal de vida.

A ansiedade continuou crescendo. As hélices ainda giravam, mas sem sinal da tripulação. O major Crisp começou a investigar a parte externa do avião.

Não por estar procurando por algo, mas porque ele não era um aviador, portanto precisou de algum tempo para descobrir como entrar no avião.

O major Crisp era um oficial do exército britânico e estava acampado perto dali com o resto da sua unidade. Ele estava sozinho quando conseguiu entrar no avião, e agora estava prestes a descobrir algo incrível sobre aquela aeronave.

O major Crisp estava apreensivo em sua busca, pois esperava encontrar homens mortos ou feridos. Afinal de contas, por que ninguém teria saído do avião? Ele atravessou a fuselagem em que geralmente ficava a maior parte da tripulação de um B-17G.

O major encontrou algumas barras de chocolate pela metade, e mais tarde comentou, “havia evidência de ocupação recente por todo lugar”, mas ele não conseguiu encontrar ninguém a bordo daquele B-17G.

O que ele encontrou foram 12 paraquedas sem uso, o que era estranho, já que sua busca havia revelado que não havia uma única pessoa a bordo do avião.

O major Crisp era a única pessoa a bordo e continuava sua busca por pistas que indicassem o que aconteceu com a tripulação. Ele foi até o cockpit e não notou nada suspeito. Em outras palavras, o avião não apenas tinha voado sozinho, mas também pousado sozinho.

Após algumas tentativas, o major Crisp conseguiu desligar os motores do avião. Ele também encontrou os registros da aeronave e percebeu que havia algumas palavras escritas.

Mas onde estava a tripulação? As investigações posteriores deixariam as forças aliadas perplexas, e a história da “Fortaleza Fantasma”, como a revista Stars and Strips chamou o avião, começou a circular.

O incidente foi reportado e uma investigação começou imediatamente, já que os comandantes temiam pelo pior. Para complicar ainda mais as coisas, o B-17G que pousou sozinho não tinha nem nome. O major Crisp reportou o incidente aos seus superiores, e uma equipe foi enviada para investigar.

Os investigadores chegaram e encontraram o número de série do bombardeiro, e isso permitiu que os comandantes da 8ª Força Aérea dos Estados Unidos identificassem o avião como parte do 91º Grupo de Bombardeiros, que era um contingente de B-17Gs que operavam na região da Ânglia Oriental, no leste da Inglaterra. O avião havia realmente decolado de lá com sua tripulação, mas eles haviam sumido.

Assim que o esquadrão e o avião foram identificados, começaram a se perguntar sobre a tripulação e o que aconteceu com ela. O avião estava cheio de evidência de que eles estiveram a bordo em algum momento. A tampa das bombas havia sido removida, o que acontece durante um ataque.

Os paraquedas eram o maior mistério, já que embora eles estivessem a bordo, algum tempo depois todos os tripulantes do avião foram localizados.

Eles estavam sãos e salvos em uma base aérea na Bélgica. Os investigadores estavam surpresos com o que haviam encontrado e resolveram ir mais a fundo.

A missão desse B-17G era bombardear a refinaria de petróleo Leuna em Merseburg, na Alemanha, que era um alvo perigoso devido à sua localização na parte oriental da Alemanha. Nesse ponto da guerra, os Aliados estavam bombardeando alvos alemães o dia inteiro.

Os britânicos bombardeavam os alvos alemães à noite, enquanto tripulações americanas, que saíam da Inglaterra e da Itália, bombardeavam durante o dia.

Como a precisão dos bombardeios era um grande problema, os estrategistas de guerra americanos insistiam em missões de dia para realizar ataques mais precisos — isso deixava os bombardeiros americanos muito mais vulneráveis. Durante a busca de Crisp, ele encontrou um registro do navegador da aeronave que dizia “Sob ataque”.

O tenente Harold R. DeBolt era o piloto do B-17G, e embora o avião fosse novo, ele era um piloto experiente. O bombardeiro fez uma boa viagem até a Alemanha, quando o grupo começou o bombardeio. Por alguma razão, o avião não conseguia manter a mesma altitude do resto do grupo.

Foi quando uma bateria antiaérea alemã abriu fogo contra o bombardeiro que voava mais baixo e acertou dois tiros. O compartimento de bombas foi atingido e por algum milagre não detonou as bombas.

“Nós fomos atingidos no compartimento de bombas”, disse o tenente DeBolt. “Eu nunca saberei por que as bombas não explodiram”.

Um dos motores havia sido danificado por um ataque direto, apesar do fato de que quando o avião estava se aproximando para pousar, todos os quatro motores ainda estavam funcionando. Os tripulantes sabiam dos riscos que corriam ao voar baixo, sozinhos e sobre território inimigo.

O clima permaneceu péssimo durante todo o dia, e o avião passou por muitos problemas durante o voo — as condições climáticas na Europa eram terríveis em 1944.

Com um motor sem funcionar e um compartimento de bombas com problemas, o tenente DeBolt decidiu abandonar o bombardeio e retornar à base em Ânglia Oriental, na Inglaterra.

O tenente DeBolt aplicou o máximo de potência que podia nos motores, mas o avião continuou perdendo atitude aos poucos. Então ele ordenou que a tripulação se livrasse de todos os equipamentos; eles seguiram as ordens, mas o avião continuou caindo.

A tripulação tinha esperança de que o avião chegaria à base aérea, mas a situação piorava a cada momento. Então, de repente, um segundo motor parou de funcionar, e o tenente DeBolt não teve escolha; ele teria que dar a ordem para abandonar a aeronave.

Ele colocou o avião num percurso em direção à Bélgica e ordenou que a tripulação preparasse os paraquedas.

O avião não conseguia manter sua altitude após o ataque, e o piloto Harold R. DeBolt teve de dar meia-volta. Quando o segundo motor foi comprometido e parou de funcionar, DeBolt sabia que o avião não chegaria ao Canal da Mancha.

Foi quando ele direcionou o avião para Bruxelas, na Bélgica, que era onde ficava a base da 8ª Força Aérea dos Estados Unidos. A tripulação abandonou o avião e DeBolt foi o último a sair. Ele colocou o avião no piloto automático e pulou. Eles acreditavam que o avião não demoraria a cair.

Um avião voando sozinho não eram algo incomum na “Segunda Guerra Mundial”, mas um B-17G com dois motores tinha poucas chances de permanecer no ar nessas condições.

A tripulação acompanhou o avião voando, mas uma enorme nuvem fez com que eles o perdessem de vista. Sem a tripulação saber, o avião continuava voando quando eles chegaram ao solo.

É incrível que o avião tenha voado por quilômetros sozinho com apenas metade dos motores funcionando, mas parece que foi o que aconteceu.

O capitão reportou que ele e sua tripulação haviam abandonado a aeronave perto de Bruxelas, na Bélgica. Para os investigadores, essa era uma explicação que fazia sentido, mas ainda havia algumas discrepâncias a serem resolvidas.

Havia uma tripulação sem paraquedas, um avião que voou sozinho por quilômetros com motores destruídos e discrepâncias no relatório da investigação — o que tornava essa história do bombardeiro fantasma muito confusa e estranha.

As chances de um avião sem nome ir tão longe e ainda pousar sozinho eram mínimas. De todas as possibilidades do que poderia acontecer com o avião no ar, é inacreditável que o avião tenha pousado sozinho — o que, naquelas condições, seria difícil até mesmo com um piloto.

Parte do mistério gira em torno de uma questão: por que havia relatórios conflitantes entre o que os soldados no local do impacto viram após o pouso do avião e a versão da tripulação dos eventos antes de abortarem a missão? A tripulação reportou que durante a sua missão, um motor foi destruído e outro parou de funcionar.

No entanto, os soldados no local reportaram que todos os quatro motores estavam intactos — até um ser destruído durante o pouso — quando o avião estava se aproximando.

Embora ambas as versões tenham sido registradas na investigação oficial, a contradição nunca foi resolvida. Havia algum furo na história da tripulação?

Outra discrepância que nunca foi realmente resolvida era o fato de que os tripulantes haviam reportado que estavam sendo atacados, e por isso eles decidiram abortar a missão. No entanto, o major Crisp e os outros soldados não reportaram qualquer dano físico no avião que indicasse um ataque.

No entanto, devido ao pouso violento do avião, uma explicação possível para a discrepância é que Crisp e os outros soldados não eram treinados para identificar a diferença entre danos de um ataque inimigo e danos causados pelo pouso violento.

Se a história da tripulação era verdadeira, é bizarro que o major Crisp tenha encontrado todos os paraquedas a bordo. Apesar de ser plausível que eles tenham decidido abandonar a aeronave se eles acreditavam que ela havia sofrido muitos danos, é difícil entender como eles saíram do avião sem paraquedas.

Infelizmente, o relatório oficial não resolve essa discrepância, então talvez nunca saibamos por que os paraquedas foram deixados para trás.

E como a tripulação teria sobrevivido após pular do avião sem utilizar os paraquedas? A única resposta remotamente possível é que talvez o major Crisp tenha identificado as mochilas dos paraquedas, mas não havia paraquedas dentro delas — porque eles haviam sido utilizados. Mas o relatório não trata oficialmente dessa questão, portanto nunca saberemos ao certo.

Talvez o major Crisp tenha entendido errado, e talvez os soldados no local do impacto também, mas o fato mais impressionante permanece: o B-17G conseguiu pousar sozinho.

O B-17G era uma aeronave muito robusta e resistente que podia suportar fortes danos. O tenente DeBolt fez o que achou melhor para a sua tripulação, mas o seu avião estava determinado a levar todos eles para casa.

O B-17 também estava determinado a levar a sua tripulação para casa. Mesmo com apenas uma asa e meia, ele conseguiu pousar. Mas pelo menos esse avião tinha um piloto e uma tripulação dentro. Aviões têm a função de piloto automático, mas não são capazes de pousar sozinhos! (Por Stephanie Faratiana, da Trends Catchers)


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