Quase
todos os brasileiros já ouviram falar do “Maníaco do Parque”. Abordando jovens
de classes baixas com a promessa de ensaios fotográficos, dinheiro e fama,
Francisco de Assis Pereira estuprou e matou pelo menos 10 mulheres no “Parque
do Estado”, localizado na zona sul de São Paulo.
Como
outros assassinos em série, Francisco teve fortes traumas na infância. Após ser
molestado por sua tia materna, ele passou a ter uma fixação por seios. Também
teve seu órgão sexual mordido, o que lhe causou problemas para ter relações.
Segundo
o psiquiatra Paulo Argarate Vasques, que fez seu laudo oficial após a prisão,
“uma das coisas que Francisco via na infância era um matadouro. E ele ficava lá
sentado. Para uma pessoa nova, é um trauma terrível ver bois sendo mortos”.
Por
volta dos 30 anos, Francisco passou a atuar nas linhas atreladas à estação
Jabaquara do metrô de São Paulo. Trabalhando como motoboy, ele parava sua moto
próximo às estações e abordava jovens mulheres, geralmente de classes baixas,
se identificando como caça-talentos.
Extrovertido
e com habilidade de persuasão, ele convencia as mulheres a subir na sua garupa
em direção ao “Parque do Estado”, para fazerem sessões fotográficas em ambiente
ecológico.
Após
ser preso, em interrogatório policial, Francisco afirmou que convencer suas
vítimas era muito simples: bastava falar o que elas queriam ouvir.
De
janeiro a agosto de 1998, os corpos das moças foram sendo encontrados de
joelhos - como os bois que Francisco via serem abatidos quando criança – e com
sinais de violência sexual.
Admitindo
ter matado mais de 11 mulheres, Francisco, entretanto, negava tê-las estuprado.
Em entrevista ao “Fantástico” da “Rede Globo” em novembro de 1998, quando
acusado de ter molestado sexualmente suas vítimas, ele afirmou:
“Levava
para matar. Era uma coisa que era para matar, não era para estuprar. Isso é um
absurdo na minha vida”. Oficialmente, 16 vítimas
foram
confirmadas: nove acabaram estupradas e sete foram mortas.
Mas
a prisão e culpa comprovada não dissuadiu dezenas de brasileiras de enviar
cartas de amor ao maníaco. Em um mês de detenção, ele já colecionava mais de
mil cartas e pedidos de casamento. E se casou em 2002 com uma das rementes.
Apesar
de ter sido condenado a mais de 280 anos por homicídio, estupro, atentado
violento ao pudor e ocultação de cadáver, Francisco deverá ser liberado em
2028.
Afinal,
segundo a Legislação Brasileira, a pena máxima de reclusão de um detento é 30
anos. Em função do seu estado mental, psiquiatras afirmam que ele,
irreversivelmente, tentará cometer novos crimes após ser solto. (Fonte: “Aventuras
na História)
Nenhum comentário:
Postar um comentário