sábado, 31 de agosto de 2019

O sanguinário “Serial Killer” brasileiro

Francisco de Assis Pereira, que estuprava e matava suas vítimas no “Parque do Povo”, recebeu mais de mil cartas de amor na prisão. De acordo com a lei brasileira, ele será solto em 2028

Quase todos os brasileiros já ouviram falar do “Maníaco do Parque”. Abordando jovens de classes baixas com a promessa de ensaios fotográficos, dinheiro e fama, Francisco de Assis Pereira estuprou e matou pelo menos 10 mulheres no “Parque do Estado”, localizado na zona sul de São Paulo.

Como outros assassinos em série, Francisco teve fortes traumas na infância. Após ser molestado por sua tia materna, ele passou a ter uma fixação por seios. Também teve seu órgão sexual mordido, o que lhe causou problemas para ter relações.

Segundo o psiquiatra Paulo Argarate Vasques, que fez seu laudo oficial após a prisão, “uma das coisas que Francisco via na infância era um matadouro. E ele ficava lá sentado. Para uma pessoa nova, é um trauma terrível ver bois sendo mortos”.

Por volta dos 30 anos, Francisco passou a atuar nas linhas atreladas à estação Jabaquara do metrô de São Paulo. Trabalhando como motoboy, ele parava sua moto próximo às estações e abordava jovens mulheres, geralmente de classes baixas, se identificando como caça-talentos.

Extrovertido e com habilidade de persuasão, ele convencia as mulheres a subir na sua garupa em direção ao “Parque do Estado”, para fazerem sessões fotográficas em ambiente ecológico.

Após ser preso, em interrogatório policial, Francisco afirmou que convencer suas vítimas era muito simples: bastava falar o que elas queriam ouvir.

De janeiro a agosto de 1998, os corpos das moças foram sendo encontrados de joelhos - como os bois que Francisco via serem abatidos quando criança – e com sinais de violência sexual.

Admitindo ter matado mais de 11 mulheres, Francisco, entretanto, negava tê-las estuprado. Em entrevista ao “Fantástico” da “Rede Globo” em novembro de 1998, quando acusado de ter molestado sexualmente suas vítimas, ele afirmou:

“Levava para matar. Era uma coisa que era para matar, não era para estuprar. Isso é um absurdo na minha vida”. Oficialmente, 16 vítimas
foram confirmadas: nove acabaram estupradas e sete foram mortas.

Mas a prisão e culpa comprovada não dissuadiu dezenas de brasileiras de enviar cartas de amor ao maníaco. Em um mês de detenção, ele já colecionava mais de mil cartas e pedidos de casamento. E se casou em 2002 com uma das rementes.

Apesar de ter sido condenado a mais de 280 anos por homicídio, estupro, atentado violento ao pudor e ocultação de cadáver, Francisco deverá ser liberado em 2028.

Afinal, segundo a Legislação Brasileira, a pena máxima de reclusão de um detento é 30 anos. Em função do seu estado mental, psiquiatras afirmam que ele, irreversivelmente, tentará cometer novos crimes após ser solto. (Fonte: “Aventuras na História)


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