O
artefato mostrava sinais de corrosão, e testes realizados na peça revelaram a
presença de alguma substância ácida, possivelmente vinagre ou vinho. Em outras
palavras, o arqueólogo havia encontrado uma antiga pilha.
No
entanto, o mais curioso é que o objeto foi datado em aproximadamente 200 anos
antes de Cristo e, afinal, para que as pessoas de 2 mil anos atrás precisariam
de uma pilha?!
No
total foram encontradas cerca de 12 baterias, e mesmo depois de tantas décadas
desde o seu descobrimento, elas continuam intrigando os pesquisadores e gerando
muitas discussões.
Existem
muitas controvérsias envolvendo as pilhas, começando pela própria descoberta
dos artefatos. Há poucos registros sobre as escavações, que foram pobremente
documentadas pelo arqueólogo alemão.
Portanto,
até hoje não existe um consenso se Konig coletou os objetos do tal sítio
arqueológico ou se os encontrou nos porões do Museu de Bagdá, depois de ter se
tornado diretor da instituição.
A
idade das baterias também é discutida, já que o estilo dos vasos pertenceria a
um período posterior — entre 225 e 640 d.C. —, tornando os objetos muito mais
“jovens” do que o apontado por Konig.
No
entanto, a maior discussão mesmo fica por conta da utilidade dos misteriosos
objetos, pois simplesmente não existe qualquer registro histórico que se refira
a eles. Teriam os persas antigos algum conhecimento sobre os princípios da
eletricidade?
Independente
das discussões sobre onde foram encontradas e se os antigos tinham conhecimento
suficiente para fabricá-las, o fato é que as baterias eram capazes de conduzir
uma corrente elétrica, fato comprovado por diversas réplicas criadas por
pesquisadores em todo o mundo.
Embora
ninguém saiba dizer ao para que eram empregadas, as réplicas indicam que as
baterias eram capazes de produzir voltagens entre 0,8 e quase 2 volts. E mais:
se fossem conectadas — apesar de nunca terem sido descobertos fios condutores
entre os artefatos, infelizmente —, as baterias poderiam produzir voltagens bem
mais altas.
Há
quem acredite que as baterias fossem utilizadas pelos antigos médicos persas
para tratar a dor através de pequenos choques. Outras teorias apontam que os
objetos poderiam ter sido empregados na galvanização de superfícies metálicas,
para embelezar joias, produzir moedas ou outros itens.
Existe
também a hipótese de que os artefatos ficassem escondidos em estátuas ou ídolos
religiosos de metal, dando pequenos choques em quem os tocassem.
Contudo,
nenhuma divindade de metal que pudesse conter as baterias jamais foi
encontrada, e não existem registros confiáveis sobre a réplica do suposto
processo de galvanização em laboratório.
Portanto,
a não ser que alguém invente uma máquina do tempo que nos permita voltar e
conferir para qual finalidade as baterias de Bagdá eram utilizadas, elas
continuarão sendo um dos maiores mistérios arqueológicos do mundo. (Fonte: Mega
Curioso)
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