quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Vampiro de 200 anos sofria de "tuberculose"

Em 1990, três garotos brincavam na cidade de Griswold, nos Estados Unidos, quando encontraram dois crânios humanos — que se revelaram pertencentes a membros da família Walton, que vivera ali no século 19. 

Especialistas estudaram os restos mortais há três décadas, mas a tecnologia da época não foi o suficiente para revelar os detalhes daquele enterro um tanto quanto particular.

Como relatou a revista "Smithsonian" em 2012, um dos caixões estava marcado com tachinhas que soletravam "JB 55". Nele, encontrava-se um corpo cujo crânio havia sido cortado da espinha e colocado no peito, que havia sido aberto e posicionado juntamente com os fêmures para criar uma caveira sobre ossos cruzados.

Estudos revelaram que "JB 55" já estava enterrado quando alguém o exumou e tentou remover seu coração. O procedimento era parte de um ritual já conhecido executado em "vampiros" para impedir que ele atacasse os humanos. 

Fato é que, naquela época, quem tinha tuberculose era confundido por vampiro, pois as vítimas da doença definham, ficam com a pele cinza e olhos afundados. Em casos mais avançados, sangue pode escorrer das bordas da bocas dessas pessoas, o que fortalecia o mito. 

"Nós acreditamos que ele foi rearranjado no túmulo porque acreditava-se que ele estivesse morto-vivo", disse ao "The Washington Post" Nicholas Bellantoni, arqueólogo responsável por estudar o caso.

Quando tinham suspeitas da existência de um vampiro na família, os parentes exumavam o cadáver e realizavam rituais para impedir suas "atividades". Se o coração ainda estava presente no corpo e continha sangue, por exemplo, era um sinal de que o cadáver era um vampiro. 

Nesse caso, os responsáveis incineravam o órgão e, dependendo da região, inalavam a fumaça para se protegerem contra outros vampiros.

O novo estudo usou o perfil de DNA cromossômico "Y" e previsões baseadas em dados genealógicos para ligar o crânio a um agricultor chamado John Barber. Como relataram os especialistas, a equipe analisou o obituário de 1826 de um garoto de 12 anos e concluíram que ele era Nicholas Barber, filho do "vampiro".

Além disso, o nível de artrite encontrado nos ossos de "JB 55" sugerem que ele era agricultor ou trabalhador do campo. (Fonte: Galileu)

Imagem meramente ilustrativa (Foto: Pixabay)

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